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O criadouro conservacionista Arca de Noé é um projeto de iniciativa civil que atua como um centro de manutenção da vida de animais silvestres. É mantido por pessoas como eu e você, que não só acreditam que podem fazer a diferença, como realmente fazem. Conheça a Arca de Noé e descubra como colaborar. Informe-se e participe.
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Tempo de retenção do alimento no trato digestório de Alouatta spp.
Anamélia de Souza Jesus e Júlio César Bicca-Marques
Faculdade de Biociências, PUCRS
Resumo
Os bugios (gênero Alouatta) apresentam hábito alimentar folívoro-frugívoro, o qual está relacionado a adaptações morfológicas, fisiológicas e comportamentais. A disponibilidade de nutrientes oriundos das folhas de difícil digestão nesses animais é possível pela associação com bactérias simbiontes e por um aumento no tempo de retenção do alimento no trato digestório quando comparado a primatas que utilizam uma dieta baseada em frutos. Esse retardo na passagem de alimentos fibrosos pelo estômago, ceco, cólon e intestino grosso em animais monogástricos, como os bugios, aumenta a eficiência da digestão e posterior absorção de nutrientes. Nessa pesquisa estimamos o tempo de retenção do alimento no trato digestório de bugios pertencentes às espécies Alouatta guariba clamitans (n=3), A. caraya (n=4) e A. seniculus (n=2) mantidos em cativeiro no Criadouro Conservacionista Arca de Noé, Morro Reuter, RS. Os indivíduos foram alimentados com a dieta padrão à base de frutos e verduras, incluindo um pedaço de banana contendo 40 marcadores plásticos (7 mm de diâmetro). As fezes de cada macaco estudado individualmente foram coletadas logo após a defecação, dissolvidas e peneiradas em água até a liberação de todos os marcadores. O tempo de transição do alimento (tempo até o aparecimento do primeiro marcador nas fezes) variou de 5h45min a 11h19min ( =7h34min ± 1h26min, N=9), enquanto o pico de liberação de marcadores foi observado entre 11h19min e 29h40min ( =22h27min ± 5h16min, N=9). Todos os marcadores foram liberados entre 28h46min e 97h24min ( =56h33min ± 26h29min, N=6; três indivíduos não foram monitorados até a liberação do último marcador), evidenciando que parte do alimento pode permanecer no trato digestório por até 4 dias.
XI Salão de Iniciação Científica PUCRS
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Hybridization between Alouatta caraya and Alouatta guariba clamitans in captivity
Anamélia de Souza Jesus • Hugo Eduardo Schunemann •
Jackson Müller • Moira Ansolch da Silva •
Júlio César Bicca-Marques
Abstract Hybridization between Alouatta spp. has been suggested at contact zones of A. palliata and A. pigra in Mexico and of A. caraya and A. guariba clamitans in Brazil and Argentina. Whereas genetic data confirmed hybridization between the former pair of species, hybrid individuals of the latter pair have been putatively identified on the basis of a mosaic pelage color. In this paper, we describe the first confirmed cases of hybridization between a female A. guariba clamitans and a male A. caraya. One hybrid male was born in 2007 and one hybrid female was born in 2009 with distinct coat colors. The male resembled he newborn color pattern characteristic of A. guariba clamitans, whereas the female resembled the newborn pattern of A. caraya. The birth and survival of the male hybrid for a year and a half indicated the viability of the heterogametic sex.
Primates (2010) 51:227–230
DOI 10.1007/s10329-010-0192-8
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Ocorrência de endoparasitos em primatas não-humanos mantidos em cativeiro
(D.M, SANTOS1; M.B, MENTZ2; N. FAGUNDES1; M. ANSOLCH3. COGNATO, B4)
1 Acadêmicas da Faculdade de Veterinária/UFRGS 2Professora do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia DEMIP/ICBS/UFRGS,3Médica Veterinária do Mantenedouro de Fauna Arca de Noé, 4Acadêmica da Biologia/PUCRS
A presença de endoparasitas é comum em animais silvestres, especialmente naqueles recém chegados da natureza e nos estressados ou debilitados (Diniz, 1997). Objetivo: verificar a ocorrência de endoparasitos em primatas não-humanos mantidos em cativeiro. Material e método: o Arca de Noé, situado no município de Morro Reuter, RS é um mantenedouro de fauna silvestre. Neste local foram realizadas quatro visitas onde coletou-se um total de 31 amostras fecais e 13 amostras sanguíneas de exemplares de bugio (Alouatta sp), macaco-barrigudo (Lagothrix sp), macaco-prego (Cebus sp.), sagüi (Callithrix sp), macaco-da-noite (Aotus sp) e mico-de-cheiro (Saimiri sp). As amostras foram identificadas e conservadas até o seu processamento no laboratório do Setor de Parasitologia (DEMIP) do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS/UFRGS) no qual foram submetidas aos métodos: Willis e Faust (fezes) e Knott (sangue). Resultados: do total de amostras processadas, 04(13%) foram positivas: duas para ovos de ancilostomídeos e duas para ovos e larvas de Strongyloides. No sangue coletado foram encontradas microfilárias em 3 amostras, representando 23% do total.Conclusão: os resultados indicaram a ocorrência de infecção por helmintos e protozoários nos animais estudados, ressaltando a importância do manejo sanitário dos recintos e do monitoramento parasitológico.
Apresentado no 35º Congresso da Sociedade de Zoológicos do Brasil (2011 - Gramado/RS)